quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Aula de 10/12

Um bom instrumento para pesquisar artigos sobre os nossos temas: o Google Académico. Aqui.

David e Sandor Marai

Apresentação de Margarida Espiguinha.

E de como a coreografia «errada» pode ser mais complicada de sincronizar que a «certa»: o caso deste bailado cómico.

A Flauta Mágica de Ingmar Bergman - o filme da ópera de Mozart. Aqui. O leitor-modelo criado por Bergman: a menina sorridente (a maior parte das vezes) que re-age ao que se passa no palco.

Dois sítios interessantes que falam da estrutura do texto académico: HDR aqui e Ph.D Structure & Content aqui


quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Aula de 3 Dezembro

Discurso de De Gaulle
Os Lusíadas, Canto V - 87-97
Aprendiz de Maquiavel. Aqui.
Imposturas intelectuais. Sokal. Aqui.
Quem conta UM CONTO
Entropia
Fornecer a lenha

O que é cientificidade? (Umberto Eco)

Como citar a autoridade (o caso dos pareceres - ionline aqui)

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Qualquer tema pode/merece ser abordado

O que dá ou retira mérito ao trabalho é o método.


Portanto ontem que foi o Dia Internacional de luta contra a violência sobre as mulheres,
 encarceraram o preso 44 na ala feminina da prisão situada na cidade que é conhecida 
pelo templo de Diana, deusa da caça.

Portugal é uma novela da TVI.
Rui Xará

Não é, nem de longe, a melhor piada do Rui Xará, mas tem o condão de ser educativa sobre o B Á 
BÁ do humor. (Digamos, a sua gramática.) 

1) Pega-se num evento importante talvez menos conhecido (e explica-se claramente)

2) associa-se a outro completamente díspare mas que até se pode elidir

3) encontra-se uma referência real, intemporal, mas esquecida 

4) remata-se à baliza com uma quarta referência, se possível existencial.

Adenda: «Portugal parece» ou «Portugal lembra» seriam igualmente adequadas mas menos fortes. 
E a novela também poderia ser da SIC ou da RTP, ou mesmo do Canal Q, mas teria menor impacto.
 Pensavam que eu ia a dizer «mas não seria a mesma coisa»? Pois, essa é outra lição: nunca lhes 
dar aquilo de que estão à espera. Hoje foi uma aula, com um convidado especial.

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

«Violence, by Slavoj Zizek»

Um artigo interessante (sublinhados meus - porque têm a ver com o que dissemos em aula) daqui

The philosopher Slavoj Zizek enjoys a good joke. Here's one of my favourites: two men, having had a drink or two, go to the theatre, where they become thoroughly bored with the play. One feels a pressing need to urinate, so he tells his friend to mind his seat while he goes to find a toilet. "I think I saw one down the corridor outside," says his friend. The man wanders down the corridor, but finds no WC. Wandering further, he walks through a door and sees a plant pot. After copiously urinating into it, he returns to his seat. His friend says, "What a pity! You missed the best part. Some fellow just came on the stage and pissed in that plant pot."
This gag perfectly describes the argument of Zizek's new book on violence. Drunkenly watching the boring spectacle of the world stage, we might feel an overwhelming need to follow the call of nature somewhere discreet. Yet, in our bladder-straining self-interest, we lose sight of the objective reality of the play and our implication in its action. We are oblivious to the fact that we are pissing on stage for the world to see.
So it is with violence. Our subjective outrage at the facts of violence – a suicide bombing, a terrorist attack, the assassination of a political figure – blinds us to the objective violence of the world, a violence where we are perpetrators and not just innocent bystanders. All we see are apparently inexplicable acts that disturb the supposed peace of everyday life. We consistently overlook the objective or what Zizek calls "systemic" violence, endemic to our socio-economic order.
The main ambition of this book is to bring together subjective violence with the objective violence that is its underside and precondition. "Systemic violence is thus something like the notorious 'dark matter' of physics," Zizek writes: invisible to naked eye. Zizek offers a rather cool and at times cruel analysis of the varieties of objective violence. He asks tolerant multicultural Western liberals to suspend our outraged responses to acts of violence and turn instead to the real substance of the global situation. In order to understand violence, we need some good old-fashioned dispassionate materialist critique.
At the heart of Zizek's book is an argument about ideology that has been a powerful, constant feature of his work since he burst onto the intellectual scene in the late 1980s. Far from existing in some post-ideological world at the end of history where all problems can be diagnosed with neo-liberal economics and self-serving assertions of human rights, ideology completely structures our lived reality. This ideology might be subjectively invisible, but it is objectively real. Each of us is onstage, pissing in that plant pot. The great ideological illusion of the present is that there is no time to reflect and we have to act now. Zizek asks us to step back from the false urgency of the present with its multiple injunctions to intervene like good humanitarians.
His diagnosis of this ideology is quite delightful, producing counter-intuitive analyses that overturn what passes for common sense. Zizek rages against the reduction of love to masturbatory self-interest, the multiple hypocrisies of the Israel/Palestine conflict and the supposed liberal philanthropy of Bill Gates and George Soros. There is a fascinating analysis of the scenes of torture of prisoners at Abu Ghraib, which display, Zizek rightly contends, nothing more than the obscene underside of American culture.
But whither all this dialectical brio? Ay, there's the rub. Zizek concludes with an apology for what he calls, following Walter Benjamin, "divine violence". The latter is understood theoretically as "the heroic assumption of the solitude of the sovereign decision". Practically, Zizek illustrates this with the Jacobin violence of Robespierre in France in the 1790s and the invasion of the dispossessed, a decade or so ago, descending from the slum favelas in Rio de Janeiro to disturb the peace of bourgeois neighbourhoods. But, in a final twist, Zizek counsels us to do nothing in the face of the objective, systemic violence of the world. We should "just sit and wait" and have the courage to do nothing: "Sometimes, doing nothing is the most violent thing to do".
True enough, but what can this possibly mean? At the core of Zizek's relentless, indeed manic, production of books, articles and lectures is a fantasy, I think: what psychoanalysts would call an obsessional fantasy. On the one hand, the only authentic stance to take in dark times is to do nothing, to refuse all commitment, to be paralysed like Melville's Bartleby, the true hero of this book and others by Zizek. On the other hand, Zizek dreams of a divine violence, a cataclysmic, purifying violence of the sovereign ethical deed, something like that of Sophocles' Antigone.
But Shakespearean tragedy is a more illuminating guide here than its ancient Greek predecessor. For Zizek is a Slovenian Hamlet, utterly paralysed but dreaming of an avenging violent act for which, finally, he lacks the courage. In short, behind its shimmering inversions, Zizek's work leaves us in a fearful and fateful deadlock: the only thing to do is to do nothing. We should just sit and wait. As the great Dane says, "Readiness is all". But the truth is that Zizek is never ready. His work lingers in endless postponement and over-production. He ridicules others' attempts at thinking about commitment, resistance and action (we have crossed swords recently) while doing nothing himself. What sustains his work is a dream of divine violence, cruelty and force. I hope that one day his dreams come true.
Simon Critchley is professor of philosophy at the New School for Social Research in New York. His 'The Book of Dead Philosophers' will be published by Granta in June
Profile £12.99 (218pp) £11.69 (free p&p) from 0870 079 8897

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

O sumário da aula de 2ª 10/11, segundo S. Hugo Mamede

Sumário da aula de 10 – 11 – 2014 (a Teoria do Caos e a Vida do Livro)
Hugo Mamede

·         O trabalho do editor parece estar mais limitado do que seria de esperar, em parte porque os colegas com quem trabalha, nomeadamente do Marketing/Comunicação, têm uma palavra forte a dizer sobre a viabilidade comercial de diversos aspectos ligados à edição, tais como a escolha da capa ou a tiragem.
·         Também ligada à viabilidade comercial (importante não descurar que o livro é um objecto que pretende gerar receitas), há que considerar não só as opiniões dos diferentes parceiros da editora como ainda o percurso de vida do livro:
Podemos considerá-lo como um ser vivo autónomo, no sentido em que também ele está sujeito à lei física da Teoria do Caos, que postula: 1– as ocorrências futuras são por definição imprevisíveis; 2 – “life finds a way”; 3 – é inútil tentar controlar o rumo dos acontecimentos.
·         A longevidade de um livro quando sai para as livrarias pode variar bastante, assim como o maior ou menos sucesso de vendas. Tipicamente, quando falamos de obras de ficção, observamos um grande entusiasmo inicial nas vendas assim que o livro é publicado. Este entusiasmo costuma durar duas semanas, e então regista-se uma natural quebra abrupta de consumo. A publicidade e a exposição da obra sobre outras formas, nomeadamente através de recomendação privada, costuma ajudar a criar ímpeto do lado da procura. Mas também há factores que permitem fazer renascer o livro depois de este ter terminado o seu percurso inicial de vida no mercado, como é o caso do autor vencer subitamente um prémio importante, entre outro género de publicidade impactante.
·          Existem pelo menos mais dois modelos de longevidade do livro que são comuns. O primeiro diz respeito àqueles livros que vendem de uma maneira regular e periódica, embora sejam vendas sempre pouco expressivas. Aqui falamos de obras que conseguem manter uma certa actualidade ao longo do tempo ou que são obrigatórias adquirir por períodos sazonais, como é o caso dos manuais escolares. O segundo modelo de longevidade é o que corresponde a suaves curvas ascendentes ou descentes num gráfico de vendas/tempo. Estes são livros que pela sua natureza não vendem muito, como é o caso de alguma não-ficção, e que apesar de nunca experimentarem explosões de vendas são sempre sensíveis à publicidade ou ao “passa-palavra” como elementos de estímulo comercial.
·         Se a publicidade é importante, então há considerações a tecer sobre os importantes parceiros do livro, nomeadamente a crítica. No caso da crítica literária, e ao contrário do que acontece na de cinema ou teatro, os jornalistas parecem “divorciados” de uma ética de trabalho. É que é normal escreverem-se apreciações sobre livros antes de eles serem publicados ou então muito depois de eles já estarem à venda, o que talvez se possa explicar pelo facto do livro ainda ser entendido como um objecto ambíguo: em parte coisa cultural (prestigiante), em parte coisa comercial (vulgar).
·         O caso Lobo Antunes como o de um autor genial mas que produz em sucessão tantas obras-primas que os seus livros acabam por gerar um efeito de cansaço nos leitores.
·         O nosso estilo de vida define hábitos de consumo: para tempos mais ambulatórios como os de hoje, é normal que se deixe de consultar uma exaustiva Encyclopædia Britannica para se dar primazia à rapidez e facilidade de acesso da Wikipédia.

·         Os livros de bolso não são mais do que reedições tardias só que com papel de menor qualidade e produção mais barata. Assim entendidos, podemos concluir que em Portugal praticamente não existem.

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

A organização interna do discurso

Querido Portugal,

de R.A.Pereira           
 
Temos de falar. Como sabes, o meu amor por ti tem resistido a tudo. Tu és pobre, sujo em vários sítios e estúpido muitas vezes. Mas há em ti uma certa ingenuidade que faz com que até os teus defeitos - e são tantos - me seduzam. Na maior parte das vezes não és mau, és só malandro. E tens três qualidades que compensam tudo o resto: a comida, a língua e o clima. Era precisamente sobre isto que te queria falar.

Andas a desleixar-te. A comida já foi melhor. Bem sei que a culpa não é só tua. A União Europeia proíbe umas coisas, os nutricionistas desaconselham outras. Mas já não se encontram jaquinzinhos, os restaurantes receiam fazer cabidela e a medicina parece ter arranjado um método infalível para determinar o que é prejudicial à saúde: se sabe bem, faz mal.

A língua também já não é o que era. Não me entendas mal: continua a ser a tua maior virtude. Não sei como é possível uma pessoa exprimir-se numa dessas línguas bárbaras que não distinguem o ser do estar. Embora os franceses e os ingleses, aparentemente, não o saibam, ser bêbado é muito diferente de estar bêbado. Mas, quando eu era pequeno, setores era o nome que se dava aos professores. Hoje, setores é a versão actualizada da palavra sectores. Na escola, os setores explicam o que os setores são. No meu tempo, o sector primário era a área de actividade que compreendia a agricultura e outras formas de produção de matérias-primas, e um setor primário era um professor do ensino básico. Agora, é tudo a mesma coisa, assim como "être" e "to be" significam tanto ser como estar.

Outra coisa: isto do clima não pode continuar. Este verão foi muito fraco. Houve pouco sol e a água estava fria. Não se admite. A gente tolera a corrupção, a injustiça, a inveja, o subdesenvolvimento e tudo o mais que tu conseguires gerar. Mas tem de estar sol. Se é para não haver verão, nem subtilezas linguísticas, nem papas de sarrabulho, mais vale irmos para a Finlândia, onde as coisas funcionam. E a moral sexual das moças nórdicas é muito mais relaxada. Tens de escolher: ou há regular funcionamento das instituições, ou há céu pouco nublado ou limpo. Vê lá isso, por favor.

Um grande beijo,
Ricardo
 

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Anagramas

Usar a técnica adequada. Não recear ir a jogo. 

Margarida Espiguinha - GIGI HÁ UM PANDA A RIR-SE)
Miguel Zenha - gula zen  [é possível melhor, aposto]: tipo Ah! Zen liguem!]

Plano da aula de hoje - 15/10

1. Projecção do filme Father and Daughter, de Michael Dudok de Wit
1.1. Fazer sinopse em português e inglês
1.2. Estruturar o filme
1.3. Identificar temas e motivos principais
1.4. Comentar
2. Discussão dos trabalhos

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

O comboio e o funil - um exercício de adequação

Vasco Oliveira:
Núpcias [BRUTO]
(diálogo)

Ele olhou-me fundo e disse:
– Quem me dera que tu existisses.
– Como assim?
(Vasco)
– Que existisses… Que lavasses a minha alma que tão magoada está.
– Sinto-te, como dizê-lo… Metafísico. Perdeste a memória dos nossos primeiros beijos?
(André)
– Não a perdi porque nunca a tive… nunca me beijaste, não te lembras?
– Lembro-me do que não vivemos.
(Miguel)
– Talvez nós dois não tenhamos existido, nunca.
– Andávamos em caminhos opostos?
(Diana)
– Não sei, não sei que caminho tomaste enfim, se alguma vez viste as minhas pegadas.
– Não costumo olhar para trás, e à minha frente nada havia.
(Catarina)
– À minha frente há sempre o nada do por realizar e tu, meu amor que não foste, amor de outros como eu que não eu, tu não estiveste ainda nunca à minha beira “como a esfera do cântico dos cânticos”.
(João Ferreira)
– Por favor, dá-me uma oportunidade, pois os meus sentimentos por ti são mesmo verdadeiros. Estou a ser sincero.
– Não sei, são tantas as minhas dúvidas!... Vou pensar!
(Margarida)
– Pensa bem pois o sentimento mudo e o meu muda tão rapidamente.
(Nat Naree)
– Deixa-te dessas pressas loucas, sem sentido e nefastas.
(Carla)
– Não penses, não esperes, não hesites, não negues o que sei que sentes, é isso que vai importar sempre, quer vás, quer fiques… O que sentes, o que sentes.
– Não, desculpa… Já passou demasiado tempo, aconteceu demasiada merda, perdemo-nos. É tão tarde para existirmos… Somos restos de gente, restos de um amor que foi e não volta. Perdemo-nos, nós perdemo-nos.
(Vasco)


FIM


TEXTO EM BRUTO
(André de Medeiros Palmeiro)

Três horas da tarde. Chovia. A calçada resvaladia atormentava os transeuntes. Rita espreitava os bonecos desarticulados de uma montra de loja dos trezentos.
À espreita, estava um porquinho mealheiro. Tão vazio, tão triste. Ela olha-o descrente na vida, no amor, no dinheiro. Leva a mão à mala e nem um cêntimo que lhe sirva.
Entretanto, também uma boneca insuflável repara em Rita e no porquinho e aconchega este último bem junto de si. Queria a boneca ficar com o porquinho e roubá-lo a ela, pensou Rita de imediato. Enquanto pensava, remexia os bolsos na procura de um euro que fosse para o levar com ela.
Mas nada feito, parecia que os bolsos tinham buracos. Olhou em volta; ninguém na rua. Deitou um olho à loja e reparou que só estava um rapazinho magro atrás do balcão. Não será por um euro perdido que morrerá de fome. Resolveu arriscar.
Entrou de mansinho na loja, como quem interroga os próprios passos. O rapazinho magro finge não a ver, os jeans curtos e as pernas bronzeadas acelerando-lhe os batimentos cardíacos. Titubeante, acerca-se do porquinho mealheiro com papel de embrulho nas mãos. Rita sorri-lhe. O rapazinho magro embrulha o porquinho e entrega-o a Rita. Um grupo de rapazolas invade a loja numa berraria desenfreada enquanto, lá fora, um arco-íris radioso se escancara no horizonte.

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Do entendimento e da leitura

Enquanto quis Fortuna que tivesse

Esperança de algum contentamento,

O gosto de um suave pensamento

Me fez que seus versos escrevesse.

Porém, temendo Amor que aviso desse

Minha escritura a algum juízo isento,
Escureceu-me o engenho co tormento,
Para que seus enganos não dissesse.
Ó vós que Amor obriga a ser sujeitos
A diversas vontades! Quando lerdes
Num breve livro casos tão diversos,
Verdades puras são, e não defeitos...
E sabei que, segundo o amor tiverdes,
Tereis o entendimento de meus versos!
 
1. Estruture/numere
2. Sublinhe/destaque uma passagem
3. Resuma em português/inglês

PARA COMPLETAR: Este artigo sobre livros que o cronista não conseguiu ler até ao fim é engraçado e tem boas observações, embora eu discorde de muito.

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Projectos

Margarida - literatura contemporânea
Carla - poesia
Diana - nada (mas é literatura portuguesa!!!!)
João - formulação de uma teoria estética (o que quer dizer com isso?)
Mariana - No Brasil. Paralelismo entre Levantado do Chão - Nenhum Olhar (interessa-me o Alentejo)
Catarina - nada - literatura portuguesa, vou andando por aí
Natnaree - Madame da Maria Velho da Costa, e a representação da mulher. (Os Maias/Dom Casmurro)
Miguel - Herberto Hélder?
Jinming Zhu - Eça de Queirós
André - José Rodrigues Miguéis, Carlos de Oliveira, Augusto Abelaira, Lídia Jorge

 

Um modelo de normas para artigos

REVISTA DO CENTRO DE ESTUDOS PORTUGUESES
NORMAS EDITORIAIS PARA A PUBLICAÇÃO DE TRABALHOS
1. Serão aceitos, para serem apreciados pelo Conselho Editorial, artigos com o mínimo
de 10 e o máximo de 30 páginas. Também serão aceitas resenhas de livros relacionados
à literatura e à cultura portuguesas publicados nos últimos 3 anos, com o mínimo de 2 e
o máximo de 8 páginas.
2. Os textos devem ser digitados utilizando o redator Word, com a seguinte formatação:
– Margens de 3 cm, papel A4.
– Uso da fonte Times New Roman, corpo 12, espaço duplo, em todo o texto, exceto
para as citações com mais de três linhas e para os resumos.
– Uso da fonte Times New Roman, corpo 11, espaço simples, para as citações com mais
de três linhas e para os resumos. As citações de até três linhas devem integrar o corpo
do texto e ser assinaladas entre aspas.
– As notas de referência deverão ser colocadas em nota de rodapé, da seguinte forma:
SOBRENOME DO AUTOR; vírgula; data da publicação; vírgula; abreviatura de página
(p.) e o número desta(s); ponto. Não devem ser utilizadas expressões como idem ou
ibidem.
Exemplo: SERRÃO, 1985, p. 31-36.
– As referências deverão estar no fim do texto, com a seguinte formatação: fonte Times
New Roman, corpo 11, espaço duplo, e conter todas as obras citadas nas notas. Devem
seguir as normas da ABNT, a saber:
Para livros:
SOBRENOME DO AUTOR, nome do autor. Título do livro. Local de publicação:
Nome da editora, Data da publicação. (Incluir, entre o Título do livro e o Local de
publicação, o número da edição, quando não for a primeira, usando para tanto o
formato: Número da edição em algarismo arábico. ed.)
Exemplo: LOURENÇO, Eduardo. O labirinto da saudade. 2. ed. Lisboa: Dom Quixote,
1982.
Para artigos publicados em revistas e periódicos:
SOBRENOME DO AUTOR, nome do autor. Título do artigo. Nome do periódico,
Local de publicação, v. Volume do periódico, n. Número do periódico, p. Páginas em
que está presente o artigo, data.
Exemplo: PESSOA, Fernando. A nova poesia portuguesa sociologicamente
considerada. A Águia, Porto, v. 1, n. 4, p. 101-107, abr. 1912.
Todos os artigos devem vir acompanhados de dois resumos, digitados após as
referências – um em português e outro em inglês, francês ou espanhol –, com a seguinte
formatação: fonte Times New Roman, corpo 11, espaço simples.
3. Ao enviar o seu texto, o autor deve indicar o seu endereço e o número de telefone
para contato. Os autores de textos aceitos para a publicação terão direito a três
exemplares da Revista.

Sumários

1 (17/9) Programa.
2 (29/9)  - Prof. Ana Maria Martinho
3 (1/9) – Docente ausente - deslocação em serviço
4 (8/10) - 1.  Iser: a teoria da recepção. 2. Leitura e análise de um soneto de Camões: ordenar, resumir, destacar uma passagem. 3. Navegar à vista. 4. Seinfeld: It's a show about nothing. 5. Exercício do funil ou do «comboio»: 10 começos. 5.1. Distender para entender. 5.2. Sem pressão, estão a conseguir fazer uma tarefa mais complicada que qualquer dos projectos que se proponham.
5 (15/10) - 1. Projecção do filme Father and Daughter, de Michael Dudok de Wit
1.1. Fazer sinopse em português e inglês
1.2. Estruturar o filme
1.3. Identificar temas e motivos principais
1.4. Comentar
2. Discussão dos trabalhos
6 (22/10)
7 (29/10) - 1. (Ponto 4) Organização de argumentos e previsão de contra-argumentos. 1.1. Um poema de Camões que pode não ser de Camões: «O dia em que nasci moura e pereça». 1.2. O contra-argumento de Vasco Graça Moura aqui
2. Leitura de uma sátira: «How to write a scientific paper». 2.1. Como um texto desta natureza pode ajudar-nos a fazer um trabalho sério. 2.2. A dignidade de um trabalho mede-se pelo modo como o faz, não pelo objecto. 
3. Artigos referidos: Página da Revista do ICS aqui. «Brutalização do Ensino Superior» aqui. O caso, actual, do artigo com o objecto de estudo errado aqui. A «Modesta Proposta» de Jonathan Swift aqui
8 (5/11)
9 (12/11)
10 (19/11)
11 (26/11) – Apresentação de trabalhos.
12 (3/12)
13 (10/12)
14 (17/12)

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Programa da disciplina (mais ou menos)

Seminário de Orientação e Escrita
1. Escolher um objecto de estudo, confiná-lo a um “corpus”, circunscrever um problema.
2. A decisão sobre o modelo de investigação e o tipo de enquadramento.
3. Planificação, primeiros esboços, revisão, definição de uma ideia.
4. Organização de argumentos e previsão de contra-argumentos.
5. Comentar, descrever, narrar, formular hipóteses, exemplificar, sublinhar.
6. Experimentar teorias, arriscar conceitos ou metáforas inéditas.
7. Introduções, conclusões e digressões.

Bilbografia sumária
BELL, Susan, The artful edit: on the practice of editing yourself, New York, Norton, 2008
CALVINO, Italo, As cidades invisíveis, Lisoa, Teorema.
ECO, Umberto, Como fazer uma tese em ciências humanas. Lisboa, Presença, 2007
NUNES, Adérito Sedas, Questões preliminares sobre as ciências sociais, Lisboa,  Presença, 2001.
ZINK, Rui, O anibaleitor, Lisboa, Teodolito, 2014.

Método de ensino
Teórico-prático. Debates em torno de alguns textos, quer propostos pelo docente, quer trazidos pelos estudantes, em função dos trabalhos de pesquisa que estão a realizar.

Sessões práticas de elaboração de textos, composição de bibliografias, pesquisa on-line ou em arquivos e bibliotecas.